Invenção para as mulheres, útil para os homens.
Como resolver um dos mais antigos problemas da humanidade?
Analisava os comentários feitos a uma crônica de um meu amigo, quando descobri qual seria o tema desse texto que você lê. A crônica era mais um manual descrevendo como se faz uma crônica, e neste, havia uma historinha que incluía comentários sobre uma nova invenção sanitária: os banheiros com duas privadas, lado a lado. Quando digo isso, deixando claro, me refiro a duas privadas sem quaisquer impedimentos entre elas. Não há paredes, cortinas, p.v.c. ou madeirite. São realmente (e fisicamente) dois vasos sanitários juntos em um mesmo local fechado construído para as dejeções sólidas e líquidas. Teoricamente, essa invenção foi pensada em prol das necessidades femininas. Afinal, quase nunca utilizamos o banheiro sozinhas, sempre em dupla e, em alguns casos isolados (como em uma rodada de chope com as amigas, um casamento, ou se uma de nós é vítima de uma excessiva ingestão de álcool que faz com que perca a aparência saudável, e as estribeiras) entramos em bando.
Em meio aos comentários existia uma ou outra indagação sobre a real existência desses banheiros “duplamente latrinados”. Afirmo (queria eu solenemente, mas reconheço que o tema não combina) que os 'boxes' constituídos por dois vasos sanitários (ou privadas, como preferirem) realmente existem. Há alguns meses eu tive a (assustadora) honra de usufruir dessa genial invenção (tecnicamente) útil. Para a minha sorte, nunca tive problemas em utilizar o banheiro sem a companhia de uma amiga, e quando entrei e me deparei com a novidade me senti aliviada por não fazer parte da maioria.
Depois de ler, re-ler, entender (e me assustar) com o fato sobre o qual os leitores da crônica haviam feito os cômicos comentários, decidi, enfim, redigir de forma clara uma conclusão que eu já havia considerado há alguns anos, mas nunca me senti impelida a popularizar. Um apelo feminino, uma necessidade estética e higiênica que nos é negada desde que somos meninas, e que nos persegue durante e após o árduo ofício da vida conjugal.
Digamos que, após anos acompanhando e analisando animais do sexo masculino da raça humana (e isso inclui convívio diário com muitos deles durante anos) pude notar que a invenção do "duplo-vaso-sanitário" seria mais (e, talvez, unicamente) útil nos banheiros masculinos. Melhor dizendo, em qualquer banheiro que um dia poderia ser utilizado por algum homem (invariavelmente: crianças, adolescentes, adultos, homossexuais e idosos).
Minha conclusão, após estudos primorosos (e visões terrivelmente nojentas em banheiros públicos durante todo o tempo demandado pela minha pesquisa altamente enriquecedora) eu descobri (algo que não somente já era descoberto como também já promovia diversos debates e brigas matrimoniais) que o homem simplesmente não possui o menor senso de direção e alvo quando se trata de segurar seu membro fálico e concluir higienicamente a tarefa mais simples que lhe é conferida desde que Deus resolveu pendurar o referido membro na parte inferior do corpo masculino: urinar. Eu não sei se é difícil, se dói, ou se é humanamente impossível simplesmente acertar a maior parte da urina expelida exatamente dentro do enorme buraco com que são constituídos os vasos sanitários de todo o mundo, mas o fato é que os homens não nascem com essa aptidão básica. Na minoria das vezes, um bom treinamento, algo como uma ameaça de separação ou uma acusação diária de falta de respeito, podem resolver de forma expressivamente correta o problema. Na pior das hipóteses, que (infelizmente) constitui a maior parte dos casos, “o pau que nasce torto nunca se endireita”. É aí que entra a mais nova e revolucionária forma de solucionar o problema dessa digressão urinária.
Seria muito mais fácil se eles nos escutassem. Se parassem de achar perfeitamente normal essa pequena disfunção do membro genuinamente masculino. É um direito das mulheres, que devido aos inúmeros e inacreditáveis casos já deveria estar na constituição, quiçá nos sete pecados capitais (que se já são agora dez, poderiam muito bem ser esticados ao décimo primeiro) conseguirem utilizar os vasos de uma forma menos perigosa, sem estarem constantemente à mercê da urina masculina espalhada por toda a borda do objeto sanitário, quando isso não se estende a todo o banheiro, das paredes ao teto.
Não seria justo se a cada vez que um homem entrasse em um banheiro ele fosse obrigado a recolher absorventes espalhados pelo local antes de aliviar-se diante de uma privada limpa e visualmente confortável. Portanto, é injusta a forma como somos obrigadas a utilizar os banheiros (principalmente os públicos, embora esses crimes higiênicos sejam também cometidos dentro das nossas próprias casas). O problema não é sentar, já que a maioria de nós aprende, ainda na infância, a inevitável arte da contorção urinária (nunca sentar-se nos vasos dos banheiros públicos). A grande questão é onde se pisa, a visão trágica e o odor inconfundível da urina regada a álcool. Além de tudo, os homens ainda têm a possibilidade de um “bater um mijão” em pé, no canto escuro da rua; nós não. Portanto, homens (e projetos de homens, que um dia serão maridos, pais e avós) segurem o que têm de segurar, seja lá qual for o esforço demandado pela simples capacidade de acertar o grande alvo à frente! Agora, se for impossível, sobre-humano, ou se simplesmente não dá, procurem um banheiro desses com a nova fórmula anti-paredes-mijadas do século 21: as latrinas duplas! Duas privadas lado a lado podem, no fim das contas, ser extremamente úteis. Se o problema é o falo tortinho, no chão é que a urina não vai cair...
E quem disse que não há mais o que se inventar?
12 comentários:
otimo o conteudo do assunto..
apesar de n concordar muito, é dificil acerta viu? hehehh
agora a ideia para as mulheres eh genial!!!
Morango, bom o texto! Aliás, você é a rainha dos parenteses, das explicações, rs! Sabe qual é a saida? Os homens, todos, mijarem sentados no vaso sanitário como as mulheres (e como o Galego do BBB). Todos, homens e mulheres, ao sentar na privada deveriam lavar, colocar papel higiênico na borda para se proteger contra qualquer mal ou doença que alguém que lá sentou possa transmitir. É serio!
Vocês só conseguem não molhar as bordas da privada porque a usam sentadas, assim, quem tem marido ou algum cacho e se sente incomodada deveria fazer campana no banheiro quando o cara for descarregar o bendito jato, ensinando-o, adestrando-o, se ele gostar de você realmente e não quiser que a relação vá rio abaixo, certamente irá dar o braço a torcer. Simples assim.
Em defesa dos homens:
É muito difícil acertar sim. Quando se é mais jovem até vontade de mijar é confudido com vontade de reproduzir, então há uma certa rigidez contraria à nossa vontade que impede o pleno controle de nossas ferramentas multi funcionais. Além disso após uma noite longa sobre um corpo de 50, 60, 70, 80 KG nossos membros estão "esmagados" fazendo com que ocorram fenômenos como o jato duplo. Imaginem, se um jato já é dificil de controlar, imaginem alguém lesado por ter acabado de acordar tendo que controlar dois jatos de direções muitas vezes opostas??? Esses fatos nos atrapalham, não é nossa culpa, são impossibilidades físicas que nos atrapalham.
Quanto a mijar sentado:
Nós homens somos mais evoluidos que as mulheres, nós temos a capacidade de mijar em pé, porque jogariamos por terra milhões de anos de evolução abrindo mão de nossas habilidades??? acho que todo banheiro deveria era ter aqueles mijódromos que tem nos banheiros públicos masculinos, em que não precisa nem mirar. Salvaria muitos casamentos.
Há sim mais o que se inventar: cronistas consistentes...
Texto pífio... Tão sem o que dizer que foi dizer sobre isso, francamente, você já foi melhor...
Mas para não perder o comentário: tente ser homem antes de discorrer sobre qualquer tipo de ataque a nós.
Manuh.. muito bom o texto.. nossa caí
de rir.. minina c é dimais.. só vc mesmo viu.. kkkk
aquela conversa de sexta lá na facul. te inspirou mesmo hein?? Lembra que agente tava conversando sobre isso??? kkkkkkk
Adorei a idéia...
Todos os homens tinham que se graduar
em um curso de tio ao alvo..
kkk
E agradeço por tentar ser uma cronista, porque a crônica não admite regras... Como a consistência!
Tanta insignificância em um único texto pode ser considerado uma arte!
Não é fácil falar sobre uma ação dejetora com a qual eu nunca tive experiência qualquer... E, por esse mesmo motivo, concluí meus escritos com uma solução simples para o problema... caso o conserto físico e/ou fisiológico no próprio corpo humano seja impróprio neste caso...
Releia.
Eu sempre amo seus comentários caro TK... Porque sempre posso respondê-los "na melhor altura possível"...
=]
Manuh,
respondendo ao comentário feito no meu texto: urinar é uma arte difícil. Você que não sabe o quanto é difícil fazer aquilo sem pegar na borda do vaso ou no chão. Não porque é difícil mirar, mirar ali é até fácil. O grande problema ali é saber a força que o jato vem pois, dependendo da força ele vai para um lado, e se for muito fraco, é perigoso ir na roupa. Depois que sai a primeira gota que a gente percebe pra onde deve mirar. Impossível mirar antes.
Hahhhahah...
Eu devo ter subestimado o jato urinário masculino...
Só pode!
Ó minha cara... A não ser que seu texto tenha sido uma mal fadada tentativa de literato dadaísta, você se engana. Espera-se um mínimo de coerência, de consistência, em sua verborragia, mas posso perdoá-la, pois compreendo que deve tê-lo feito sob efeito de entorpecentes.
É realmente uma arte aquele que consegue prover um texto destes pra falar sobre merda alguma. Haja elasticidade, malemolência e encheção de linguiça... Ou seja, já consegue desenvolver bem seu ofício de jornalista e aconselho você a abandonar seu curso ao invés de perder tempo com o academicismo, já que provou ser uma grande enroladora na arte das palavras escritas.
Deixando o aspecto da forma literária de lado, resigno-me e entro nas nuances do assunto(?) que abordou. Se a sociedade não fosse tão moralista e as mulheres não tão frescas e orgulhosas, mijaríamos mesmo no chão em qualquer canto. Mas acredito que todo esse impedimento decorre da inveja de vocês de não poderem mijar em pé. Mais, toda sua "rabujentice" só pode ser inveja. É isso. O sonho de vocês é poder mijar em pé e ostentar o lindo fálico!
Até e pense com mais carinho no falo dos homens (talvez seja falta deles também, mas já disse que se quiser posso resolver seu problema sem cobrar nada, por amizade! BEGOS!!!!
aiai...
caçar o que fazer!
quem tá ligando pra dadaísmo?
kkkk
manuh... "docaralho"
Tenho apenas uma coisa prolixa a dizer:
"Deus nos deu tecnologia"
heheheeheeheehhee
Obs:Só que nós nunca manejamos o que nos é dado de maneira correta né?
heheheehhehehehehe
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