Se tocou de forma amena, e forte, e sentiu que estava pronta para ultrapassar seus próprios limites. À meia-luz, escondida por entre roupas e lençóis, percebeu seu corpo quente, e suas curvas delicadas. Não era a primeira vez que fazia aquilo. O escorregar de dedos entre as pernas, o hálito quente, abafado, e o cheiro de sexo úmido. Olhou para a porta uma última vez, no intuito de se livrar dos medos e expurgar as vontades. Se despiu pela metade. Fechou os olhos, mordeu os lábios... e fez com que sua mão tocasse o pecado, palpitante, como se ele mesmo tivesse sua própria vida. Fez isso por segundos de redenção. Fez isso porque a fêmea está acima da mulher. Fez isso por segundos de delírio. E, de vergonha, puxou o cobertor para si, e adormeceu com lágrimas nos olhos.