quinta-feira, 26 de março de 2009

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Eu não pretendo me ater a discussões sem sentido, ferimentos sem dor. Quero ver a lágrima brotar e anunciar o choro. Quero sentir o coração estremecer, amarrado numa cerca de arames farpados. Quero ver o mundo girar no teto do quarto, e sufocar de amor. Quero mais que um simples gesto de lealdade. Quero discrepâncias, palavras subliminares, cômodos escuros, noites sem estrelas. Quero rir da sorte, ou da falta dela. Quero mais um milhão de pessoas com mais um milhão de pedras nas mãos. Quero um dia triste, uma música ensurdecedora, um colar de espinhos, um carinho usurpado. Quero me sentir incapaz de respirar, de rir, de dizer o que eu quero dizer, e ponto. Quero sentir meu peito dar pulos, saltos, piruetas. Sentir meu ouvido gritar, minha língua endurecer, minha voz calar, tudo de uma única vez. Quero ouvir um não bem alto, nunca um talvez. Quero sentir a luz do dia queimar a minha pele, as minhas veias, a minha alma. Quero que o mundo caia agora na minha cabeça enquanto alguém olha nos meus olhos e diz que não me quer. Quero ser forte, novamente... e se pra isso precisar sofrer tudo o que eu sofri naquele dia... que seja.

Um comentário:

tim disse...

eu senti metade dessas coisas no radiohead... sim, foi bom!

=]